A oração contemplativa é, de certo modo, simplesmente a preferência pelo deserto, pelo vazio, pela pobreza. Alguém começa a conhecer o sentido da contemplação quando, intuitiva e espontaneamente, procura o caminho obscuro e desconhecido da aridez, de preferência a qualquer outro. O contemplativo é alguém que escolhe antes o não saber do que o saber. Antes não fruir do que fruir. Antes não ter provas de que Deus o ama. Aceita o amor de Deus na fé, num desafio a toda evidência aparente. Essa é a condição necessária – e uma condição muito paradoxal – para a experiência mística da realidade da presença de Deus e de seu amor por nós. Somente quando somos capazes de “largar” tudo o que há dentro de nós, todo desejo de ver, de saber, de provar e de experimentar a presença de Deus, é que nos tornamos realmente capazes de ter a experiência dessa presença com a convicção e a realidade avassaladoras que revolucionam nossa existência inteira.
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