Temos aqui o Segundo Livro dos Diálogos do Papa São Gregório Magno. É o livro fundamental para conhecer-se a vida de São Bento. De fato, é a única fonte para se saber algo da vida do grande Patriarca dos monges do Ocidente. A tradução é a antiga, de D. Leão Dias Pereira, OSB, monge do Mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro, revista por D. Justino de Almeida Bueno, OSB, também monge do Rio de Janeiro, que escreveu para esta nova edição uma Introdução, colocando também ao longo do texto uma série de notas explicativas.
“Houve um homem de vida venerável”, assim começa o Livro II do Diálogos, do Papa São Gregório, que nele trata exclusivamente de São Bento. No entanto, podemos nos perguntar se a fama de milagreiro e exorcista faz jus à intenção de São Gregório ao escrever a vida de tão grande Santo. O conjunto de fatos narrados neste livro nos alerta para que redescubramos uma dimensão da nossa existência que se perdeu e que salta aos olhos na vida de Bento: o trabalhar sobre si mesmo, a ascese, a vigilância. É nesse sentido que Bento de Núrsia continua transmitindo às gerações cristãs o seu modo de viver o Evangelho, a sua ‘conversatio’ de oração e trabalho, de ‘lectio divina’ e meditação. A imagem do Pai amoroso e cheio de piedade, de mestre severo e exigente, que emerge da Regra escrita por ele, deve necessariamente, ser completada por aquela onde ele aparece como o monge que vive consigo mesmo sob o olhar de Deus. O cristocentrismo de Bento, o seu apego à Palavra da Escritura e à tradição monástica aparecem como um ideal, um caminho a ser percorrido pelos que desejam ser seus discípulos.
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