A Regra de São Bento nunca foi pensada como sendo a expressão final e definitiva de seu pensamento sobre a vida monástica. Trata-se, antes, de uma compilação eficiente de diretivas que lhe parecia necessário explicitar na situação na qual vivia. Alguns elementos são necessariamente locais e adaptados para seu próprio tempo; alguns elementos permanentes podem ter recebido pouca proeminência na Regra por serem bem compreendidos e não precisarem de ênfase. Para compreender a Regra, portanto, é necessário vê-la como parte de uma tradição contínua. Bento escreveu a fim de que a tradição pudesse se tornar uma realidade viva na situação na qual ele e seus contemporâneos viveram. Ele estava tentando fazer no seu meio aquilo que Antão, Agostinho, Basílio, Cassiano e Pacômio estavam fazendo nos deles. Portanto, é importante que a obra escrita de Bento seja vista dentro do contexto de todo o programa monástico de formulação de princípios para a vivência evangélica.
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